FACULDADE UNIÃO DAS AMÉRICAS –
UNIAMERICA
CONTROLE DE QUALIDADE DE CONCRETO – ENSAIOS DE CONCRETO
Foz
do Iguaçu, 2018
RESUMO
Este trabalho teórico-experimental visa analisar o modo
de preparo de corpos de prova e ensaio de Slump test, seguindo critérios de traços de concreto elaborado
em sala, a fim de analisar os resultados obtidos através do ensaio da
resistência à compressão de concreto. Visa demonstrar também o passo a passo de
como foram realizados os procedimentos adotados para elaboração do processo de
ensaios de concreto, seguindo suas devidas NBR’s.
Palavras-chave: corpos de prova, concreto, procedimentos.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. TRAÇOS
DE CONCRETO
2.1. Materiais
e métodos
2.2. Preparo
dos ensaios
2.3. Slump
test
2.4. Rompimento
dos Corpos de Prova
3.
RESULTADOS
4. REFERENCIAS
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório técnico
apresenta às atividades desenvolvidas em sala, laboratório interno da faculdade
e laboratório da concreteira mineromix. A aula prática de produção de corpos de
prova foi realizada no dia 12 de abril de 2018 no laboratório próprio da
faculdade uniamerica, por meio do Prof. João Nogueira, contou com a presença
dos alunos do curso de engenharia civil do 3º período, já a visita técnica ao
laboratório da mineromix, onde foram realizados os rompimentos dos corpos de
prova, foi realizada no dia 09 de Junho de 2018.
O concreto, especificamente, é
resultado da mistura entre cimento, areia, brita e água. De acordo com os
esforços e efeitos, também pode (e deve) ser misturados outros aditivos, como
impermeabilizantes por exemplo. A disposição dos traços do concreto; a
proporção dos materiais na mistura; é específica para cada finalidade
diferente. A composição do traço que foi utilizado para este experimento foi
para obter aproximadamente 30mpa, a fim de promover uma aula dinâmica e interação
entre os alunos, além de absorver conhecimentos sobre tais estudos.
O valor da resistência à compressão
uniaxial do concreto é obtido ensaiando corpos de prova de diferentes tamanhos
e formatos (cilindros ou cubos), dependendo da normalização vigente de cada
país, que podem influenciar os resultados obtidos. No Brasil, pelo Ensaio de
Compressão de Corpos de Prova Cilíndricos: ABNT NBR 5739:2007.
Cabe ressaltar também que durante a
realização do procedimento de moldagem, cura e rompimento dos corpos de prova,
foram empregados as normas ABNT NBR 5738:03, ABNT NBR 5739:07
2. TRAÇOS DE CONCRETO
A resistência do concreto
depende não apenas da qualidade dos constituintes mas também, e muito, da sua
dosagem, ou seja, a correta dosagem do concreto vai determinar a sua
resistência. Considerando que os constituintes são de boa qualidade, o concreto
com maior teor de cimento é mais resistente(CONSTRUFACILRJ).
Chama-se “traço” a relação entre as
quantidades de cimento, areia e brita ou mais precisamente entre as quantidades
de cimento, aglomerado miúdo e aglomerado graúdo. O “traço” é normalmente uma
relação de volumes. Não importa qual a unidade de volume utilizada contanto que
seja a mesma: metros cúbicos, litros, pés cúbicos, padiolas, carrinhos, baldes
etc.
De acordo com essas definições,
foram realizadas estudos de dosagens: procedimento utilizado para obtenção da
mistura mais econômica que atenda às condições de serviço, com os materiais
disponíveis. Em geral, o pré-requisito principal da aula é obter um valor
mínimo de resistência a compressão aos 28 dias.
2.1 Materiais e métodos
Para o desenvolvimento do trabalho
foram utilizados os seguintes materiais (Tabela 2.1.1):
·Cimento
Portland CPV-ARI (alta resistência inicial);
·Areia
de rio;
·Brita
0 de granito;
·Pedrisco
granítico;
·Aditivo
superplastificante líquido polifuncional;
·Aditivo
superplastificante em pó;
·Água
da rede de abastecimento.
·Sílica
Ativa.
Para realizar uma mistura manual, há
uma sequência de procedimentos que precisa ser observada:
1. Espalhar a areia em uma camada de
aproximadamente 15 cm.
2. Adicionar o cimento e misturar
bem, utilizando enxada ou pá, até a mistura ficar bem homogênea.
3. Adicionar a brita e continuar os
movimentos de misturação até a mistura ficar novamente bem homogênea.
4. Espalhar a mistura, formando uma
camada de aproximadamente 20 cm de altura.
5. Abrir com pá ou enxada um espaço
no meio da camada.
6. Adicionar aos poucos a água,
mantendo os movimentos de misturação, evitando que o líquido vaze e escorra
para fora da área de mistura. Assim, o ideal é que a mistura manual seja feita
em uma cuba ou bacia para concreto — ou em uma área abaulada no solo.
7. Misturar até que o concreto
adquira uma consistência com fluidez adequada para ser despejada e moldada em
formas ou em superfícies a serem concretadas.
De posse desses valores, executamos
aos procedimentos de mistura na aula prática em laboratório, calculando-se os
traços do concreto com as resistências características à compressão (fck) desejadas,
usamos como base os traços adotados na tabela a seguir:
Tabela 2.1.1 – Traços do concreto
Material
|
Volume
/ Gramas
|
Areia
|
3260
|
Cimento
|
1060
|
Brita
|
2060
|
Agua
|
860
|
Total (referênte a 1 CP)
|
7420
|
2.2 Preparo dos ensaios
Conforme orientação do Prof. João
Nogueira em sala, seguimos para fazer os ensaios de concreto na prática no
laboratório da faculdade.
O método utilizado foi o
convencional de forma manual. Separamos os materiais conforme os traços
estabelecido 1:1, 9:3:10:0,5 totalizando aproximadamente 8 quilos de materiais.
Utilizando um balde de 12 litros para fazer a mistura.
Iniciamos com a pesagem do cimento
com peso de 1.32kg(Figura 2.1); posteriormente a da pedra aproximadamente
1.9kg; e então a areia aproximadamente 3.1kg; por último a da água 0,6 kg.
Figura 2.1 – Pesagem do cimento (Fonte: autores, Abr/2018)
Após
a pesagem começamos a fazer a mistura dos materiais (Figura 2.2), para que
ficasse o mais homogêneo possível, com os materiais misturados foi acrescentado
a água para dar liga a mistura.
Figura 2.2 – Mistura dos materiais (Fonte: autores, Abr/2018)
No piso nivelado e regular, foram
colocadas as fôrmas cilíndricas de aço de 10mm cada para moldagem. Cada fôrma é
preenchida até a metade e recebe 12 golpes de bastão padronizado para que a
mistura se assente no fundo do molde. Depois, despeja-se a segunda camada de
concreto, que recebe mais 12 golpes. O acabamento é padronizado e etiquetado,
com data, número do CP e nome dos alunos(Figura 2.3).
Figura 2.3 – Identificação do corpo de prova (Fonte: autores,
Abr/2018)
2.3 Slump test
Um dos métodos mais utilizados para
determinar a consistência é o ensaio de abatimento do concreto, também
conhecido como slump test.
Para podermos correlacionar as
características e proporções dos materiais empregados com a mobilidade da massa
e coesão entre seus componentes preenchemos o molde tronco cônico como concreto
em 3 camadas adensadas com 25 golpes em cada conforme a norma ABNT NBR NM 67
concreto. Após o preenchimento do molde retiramos entre 5 a 10 segundos em
movimento contínuo para cima, depois de retirado completamente o molde foi
colocado ao lado e feito a verificação, onde houve um abatimento de 5 centímetros
(Figura 2.3.1).
Figura 2.3 – Identificação do corpo de prova (Fonte: autores,
Abr/2018)
2.4
Rompimento dos Corpos de Prova
Foi realizado no dia da visita a MINEROMIX
CONCRETO testes de compressão em corpos de prova dos alunos neste
laboratório. O corpo de prova passava por alguns processos antes do rompimento
como: deixado por alguns aproximadamente 30 minutos em um tanque com água (Figura
2.4.1), logo após era colocado na retífica para que fizesse o faceamento do CP (Figura
2.4.2) e então era colocado na prensa para saber o seu determinado
FCK(MPA)(Figura 2.4.3), onde o corpo de prova é colocado em posição para o
ensaio.
Figura 2.4.1 – Tanque com água (Fonte: autores, Abr/2018)
Figura 2.4.2 – Retífica para faceamento de corpos de prova (Fonte:
autores, Abr/2018)
Figura 2.4.3 – Prensa de rompimento (Fonte: autores, Abr/2018)
Depois de prontos os procedimentos
o corpo de prova é colocado na prensa, o ajuste da distância entre os pratos de
compressão visa facilitar a introdução e o alinhamento do corpo de prova entre
os pratos, além de fixar o corpo de prova na máquina. A carga foi aplicada
continuamente, sem choque, até que o corpo de prova se rompesse.
3. RESULTADOS
Neste trabalho experimental tínhamos como objetivo a
obtenção de concreto de alto desempenho, porém era necessário a utilização de
Sílica Ativa no procedimento, que era indicado como recomendação para que
atingisse um alto valor de resistência, o material foi solicitado pelo
professor para que fosse acrescentado no traço, porém ouve um atraso na entrega
da mesma, então reformulamos nosso traço para obter valores de resistência
próximos a 40mpa.
Foram realizados ensaios em três corpos de prova por
grupo de alunos, de acordo com o traço proposto. O modo de preparo e o traço
foram os mesmos para os três CP de 10mm de diâmetro. Obtivemos um bom resultado
de resistência em nossos CP’s, com baixa variável de um para o outro sendo:
·CP
1 = 34,5mpa
·CP
2 = 39mpa
·CP
3 = 40mpa
Os resultados foram satisfatórios, pois a expectativa de
valores obtidos foi coerente com os traços elaborados.
A experiência vivenciada pelo grupo foi de grande
satisfação, pois nenhum dos quatro integrantes tinha o conhecimento, na
prática, de como funcionava uma concreteira ou de como era feito o rompimento
do CP. Adquirir conhecimento na prática através da visita e poder comparar com
os estudos realizados em sala, auxilia muito em avaliações e trabalhos futuros,
uma vez que relacionamos imagens do momento presenciado com os conhecimentos
absorvidos na teoria.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
10719: Apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro,
1989. 9p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR
5739: Ensaios de compressão em corpos de prova cilíndrico. Rio de Janeiro,
1994. 4p.
Revista Científica Indexada Linkania Júnior ESTUDO DE
DOSAGEM DE CONCRETOS PELO MÉTODO IPT/EPUSP. – São Paulo 2012. 9p.
PORTAL DO CONCRETO – Dosadora. Disponível em: <http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/dosadoras.html>.
Acesso em: Junho 2018.
A. B. Seitenfuss, M. S. Lima, A. W. Silva ESTUDO DE
DOSAGEM DE CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO. Dissertação – Mato Grosso 2014. 8p.