sábado, 23 de junho de 2018

Ensaios de Concreto


FACULDADE UNIÃO DAS AMÉRICAS – UNIAMERICA




CONTROLE DE QUALIDADE DE CONCRETO – ENSAIOS DE CONCRETO





Foz do Iguaçu, 2018


RESUMO

            Este trabalho teórico-experimental visa analisar o modo de preparo de corpos de prova e ensaio de Slump test, seguindo critérios de traços de concreto elaborado em sala, a fim de analisar os resultados obtidos através do ensaio da resistência à compressão de concreto. Visa demonstrar também o passo a passo de como foram realizados os procedimentos adotados para elaboração do processo de ensaios de concreto, seguindo suas devidas NBR’s.
Palavras-chave: corpos de prova, concreto, procedimentos.



SUMÁRIO

1.      INTRODUÇÃO
2.      TRAÇOS DE CONCRETO
2.1.   Materiais e métodos
2.2.   Preparo dos ensaios
2.3.   Slump test
2.4.   Rompimento dos Corpos de Prova
3.      RESULTADOS
4.       REFERENCIAS




















1.         INTRODUÇÃO

            O presente relatório técnico apresenta às atividades desenvolvidas em sala, laboratório interno da faculdade e laboratório da concreteira mineromix. A aula prática de produção de corpos de prova foi realizada no dia 12 de abril de 2018 no laboratório próprio da faculdade uniamerica, por meio do Prof. João Nogueira, contou com a presença dos alunos do curso de engenharia civil do 3º período, já a visita técnica ao laboratório da mineromix, onde foram realizados os rompimentos dos corpos de prova, foi realizada no dia 09 de Junho de 2018.

            O concreto, especificamente, é resultado da mistura entre cimento, areia, brita e água. De acordo com os esforços e efeitos, também pode (e deve) ser misturados outros aditivos, como impermeabilizantes por exemplo. A disposição dos traços do concreto; a proporção dos materiais na mistura; é específica para cada finalidade diferente. A composição do traço que foi utilizado para este experimento foi para obter aproximadamente 30mpa, a fim de promover uma aula dinâmica e interação entre os alunos, além de absorver conhecimentos sobre tais estudos.
           
            O valor da resistência à compressão uniaxial do concreto é obtido ensaiando corpos de prova de diferentes tamanhos e formatos (cilindros ou cubos), dependendo da normalização vigente de cada país, que podem influenciar os resultados obtidos. No Brasil, pelo Ensaio de Compressão de Corpos de Prova Cilíndricos: ABNT NBR 5739:2007.

            Cabe ressaltar também que durante a realização do procedimento de moldagem, cura e rompimento dos corpos de prova, foram empregados as normas ABNT NBR 5738:03, ABNT NBR 5739:07

           

2.         TRAÇOS DE CONCRETO

            A resistência do concreto depende não apenas da qualidade dos constituintes mas também, e muito, da sua dosagem, ou seja, a correta dosagem do concreto vai determinar a sua resistência. Considerando que os constituintes são de boa qualidade, o concreto com maior teor de cimento é mais resistente(CONSTRUFACILRJ).

            Chama-se “traço” a relação entre as quantidades de cimento, areia e brita ou mais precisamente entre as quantidades de cimento, aglomerado miúdo e aglomerado graúdo. O “traço” é normalmente uma relação de volumes. Não importa qual a unidade de volume utilizada contanto que seja a mesma: metros cúbicos, litros, pés cúbicos, padiolas, carrinhos, baldes etc.

            De acordo com essas definições, foram realizadas estudos de dosagens: procedimento utilizado para obtenção da mistura mais econômica que atenda às condições de serviço, com os materiais disponíveis. Em geral, o pré-requisito principal da aula é obter um valor mínimo de resistência a compressão aos 28 dias.

2.1 Materiais e métodos

             Para o desenvolvimento do trabalho foram utilizados os seguintes materiais (Tabela 2.1.1):
·Cimento Portland CPV-ARI (alta resistência inicial);
·Areia de rio;
·Brita 0 de granito;
·Pedrisco granítico;
·Aditivo superplastificante líquido polifuncional;
·Aditivo superplastificante em pó;
·Água da rede de abastecimento.
·Sílica Ativa.

            Para realizar uma mistura manual, há uma sequência de procedimentos que precisa ser observada:
            1. Espalhar a areia em uma camada de aproximadamente 15 cm.
            2. Adicionar o cimento e misturar bem, utilizando enxada ou pá, até a mistura ficar bem homogênea.
            3. Adicionar a brita e continuar os movimentos de misturação até a mistura ficar novamente bem homogênea.
            4. Espalhar a mistura, formando uma camada de aproximadamente 20 cm de altura.
            5. Abrir com pá ou enxada um espaço no meio da camada.
            6. Adicionar aos poucos a água, mantendo os movimentos de misturação, evitando que o líquido vaze e escorra para fora da área de mistura. Assim, o ideal é que a mistura manual seja feita em uma cuba ou bacia para concreto — ou em uma área abaulada no solo.
            7. Misturar até que o concreto adquira uma consistência com fluidez adequada para ser despejada e moldada em formas ou em superfícies a serem concretadas.

            De posse desses valores, executamos aos procedimentos de mistura na aula prática em laboratório, calculando-se os traços do concreto com as resistências características à compressão (fck) desejadas, usamos como base os traços adotados na tabela a seguir:

Tabela 2.1.1 – Traços do concreto
Material
Volume / Gramas
Areia
3260
Cimento
1060
Brita
2060
Agua
860
Total (referênte a 1 CP)
7420


2.2 Preparo dos ensaios

            Conforme orientação do Prof. João Nogueira em sala, seguimos para fazer os ensaios de concreto na prática no laboratório da faculdade.

            O método utilizado foi o convencional de forma manual. Separamos os materiais conforme os traços estabelecido 1:1, 9:3:10:0,5 totalizando aproximadamente 8 quilos de materiais. Utilizando um balde de 12 litros para fazer a mistura.

            Iniciamos com a pesagem do cimento com peso de 1.32kg(Figura 2.1); posteriormente a da pedra aproximadamente 1.9kg; e então a areia aproximadamente 3.1kg; por último a da água 0,6 kg.




Figura 2.1 – Pesagem do cimento (Fonte: autores, Abr/2018)


Após a pesagem começamos a fazer a mistura dos materiais (Figura 2.2), para que ficasse o mais homogêneo possível, com os materiais misturados foi acrescentado a água para dar liga a mistura.



Figura 2.2 – Mistura dos materiais (Fonte: autores, Abr/2018)


           
            No piso nivelado e regular, foram colocadas as fôrmas cilíndricas de aço de 10mm cada para moldagem. Cada fôrma é preenchida até a metade e recebe 12 golpes de bastão padronizado para que a mistura se assente no fundo do molde. Depois, despeja-se a segunda camada de concreto, que recebe mais 12 golpes. O acabamento é padronizado e etiquetado, com data, número do CP e nome dos alunos(Figura 2.3).


Figura 2.3 – Identificação do corpo de prova (Fonte: autores, Abr/2018)


2.3 Slump test

            Um dos métodos mais utilizados para determinar a consistência é o ensaio de abatimento do concreto, também conhecido como slump test.

            Para podermos correlacionar as características e proporções dos materiais empregados com a mobilidade da massa e coesão entre seus componentes preenchemos o molde tronco cônico como concreto em 3 camadas adensadas com 25 golpes em cada conforme a norma ABNT NBR NM 67 concreto. Após o preenchimento do molde retiramos entre 5 a 10 segundos em movimento contínuo para cima, depois de retirado completamente o molde foi colocado ao lado e feito a verificação, onde houve um abatimento de 5 centímetros (Figura 2.3.1).



Figura 2.3 – Identificação do corpo de prova (Fonte: autores, Abr/2018)



2.4 Rompimento dos Corpos de Prova

            Foi realizado no dia da visita a MINEROMIX CONCRETO testes de compressão em corpos de prova dos alunos neste laboratório. O corpo de prova passava por alguns processos antes do rompimento como: deixado por alguns aproximadamente 30 minutos em um tanque com água (Figura 2.4.1), logo após era colocado na retífica para que fizesse o faceamento do CP (Figura 2.4.2) e então era colocado na prensa para saber o seu determinado FCK(MPA)(Figura 2.4.3), onde o corpo de prova é colocado em posição para o ensaio.



Figura 2.4.1 – Tanque com água (Fonte: autores, Abr/2018)


Figura 2.4.2 – Retífica para faceamento de corpos de prova (Fonte: autores, Abr/2018)


Figura 2.4.3 – Prensa de rompimento (Fonte: autores, Abr/2018)


           
Depois de prontos os procedimentos o corpo de prova é colocado na prensa, o ajuste da distância entre os pratos de compressão visa facilitar a introdução e o alinhamento do corpo de prova entre os pratos, além de fixar o corpo de prova na máquina. A carga foi aplicada continuamente, sem choque, até que o corpo de prova se rompesse.








3.         RESULTADOS
           
            Neste trabalho experimental tínhamos como objetivo a obtenção de concreto de alto desempenho, porém era necessário a utilização de Sílica Ativa no procedimento, que era indicado como recomendação para que atingisse um alto valor de resistência, o material foi solicitado pelo professor para que fosse acrescentado no traço, porém ouve um atraso na entrega da mesma, então reformulamos nosso traço para obter valores de resistência próximos a 40mpa.
            Foram realizados ensaios em três corpos de prova por grupo de alunos, de acordo com o traço proposto. O modo de preparo e o traço foram os mesmos para os três CP de 10mm de diâmetro. Obtivemos um bom resultado de resistência em nossos CP’s, com baixa variável de um para o outro sendo:
·CP 1 = 34,5mpa
·CP 2 = 39mpa
·CP 3 = 40mpa
            Os resultados foram satisfatórios, pois a expectativa de valores obtidos foi coerente com os traços elaborados.
            A experiência vivenciada pelo grupo foi de grande satisfação, pois nenhum dos quatro integrantes tinha o conhecimento, na prática, de como funcionava uma concreteira ou de como era feito o rompimento do CP. Adquirir conhecimento na prática através da visita e poder comparar com os estudos realizados em sala, auxilia muito em avaliações e trabalhos futuros, uma vez que relacionamos imagens do momento presenciado com os conhecimentos absorvidos na teoria.





REFERÊNCIAS

            ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10719: Apresentação de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro, 1989. 9p.
            ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 5739: Ensaios de compressão em corpos de prova cilíndrico. Rio de Janeiro, 1994. 4p.
            Revista Científica Indexada Linkania Júnior ESTUDO DE DOSAGEM DE CONCRETOS PELO MÉTODO IPT/EPUSP.  – São Paulo 2012. 9p.
            PORTAL DO CONCRETO – Dosadora. Disponível em: <http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/dosadoras.html>. Acesso em: Junho 2018.
            A. B. Seitenfuss, M. S. Lima, A. W. Silva ESTUDO DE DOSAGEM DE CONCRETO DE ALTO DESEMPENHO. Dissertação – Mato Grosso 2014. 8p.

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